A 6 de Abril assinala-se o Dia Mundial da Actividade Física.
- Secretariado
- há 12 minutos
- 1 min de leitura
Desde há décadas que é conhecido e tem sido amplamente estudado, o papel positivo da actividade física e do desporto na saúde cerebral e neuromuscular. Este efeito é evidente desde a infância até à idade adulta, seja o indivíduo neurologicamente saudável, ou padeça de alguma doença neurológica.
O exercício potencia a síntese de neurotransmissores, de factores tróficos (substâncias que promovem o crescimento, a sobrevivência e a diferenciação dos neurónios), assim como controla o stress oxidativo (associado à precipitação e/ou perpetuação de sequências de eventos inflamatórios e/ou degenerativos a nível cerebral e muscular). Adicionalmente, há incremento do fluxo sanguíneo, decisivo para a disponibilidade de nutrientes e dos fatores tróficos atrás referidos, assim como para a diminuição da actividade inflamatória.

Há provas dadas do benefício do combate ao sedentarismo, em todas as doenças neurológicas, das quais destaco as neurodegenerativas (como a Demência de Alzheimer ou Doença de Parkinson), as inflamatórias (como a Esclerose Múltipla), o Acidente Vascular Cerebral, a Enxaqueca, a Epilepsia, entre outras.
Igualmente, a evidência científica tem-nos mostrado o benefício do exercício físico e do desporto no desenvolvimento cognitivo e neuromuscular das crianças e adolescentes, assim como na manutenção das funções cognitivas ao longo da vida, da eficiência da comunicação neuromuscular e na diminuição da perda de massa muscular na idade adulta.
Portanto, mexamo-nos, pela nossa saúde... neurológica!
- Dra. Maria José da Silva, médica especialista em Neurologia na clínica BEST Medical Concept